domingo, 24 de junho de 2007

5° dia: Caxias do Sul/RS - Blumenau/SC



Acordei cedo e logo vi que pegaria chuva e frio no início da viagem de volta. Tomei café, arrumei as malas e fechei a conta no Hotel. As 08:00hs já estava na estrada, sentido Blumenau. Como na ida para Caxias optei em conhecer a estrada RS 122, na volta resolvi voltar pela BR-116, mesmo ouvindo conselhos do frentista do posto em que eu voltasse pela RS, que era mais tranquila e eu não passaria apuros (frio e neblina).

Bom, a BR é linda e traiçoeira. Muitas curvas nos trechos próximos a Caxias, e um frio enorme na estrada. Estava garoando, muita neblina, e a temperatura caiu rapidamente na estrada. Em uma das paradas chegou a 4°C, com sensação térmica negativa devido a umidade.

Comecei a me arrepender de ter levado pouca roupa de frio neste momento. O Colete, Jaqueta, Camiseta, Camiseta Manga Longa, Malha fina e Blusa de lã, sem contar a capa de chuva por cima de tudo isso, assim como a Calça de Lona e o Minhocão (siroula térmica), não foram suficientes para conter todo o frio da estrada.

Fiquei parecendo um astronauta com tanta roupa. Em determinado momento da serra, parei em um posto onde encontrei um casal de motociclistas, ambos com roupa de cordura e forro térmico, e eles pareciam estar com mais frio que eu. O frio gaúcho é úmido e entra pelas brechas, congelando os ossos. Vale a dica para o Chile, vamos sofrer muito com isso.

A neblina e garoa fina também contribuiram para que a viagem fosse bem tranquila (devagar), já que a pista estava muito escorregadia e com caminhões em ambos os lados.

Devido ao frio, chuva e neblina, fui obrigado a fazer inúmeras paradas. Os 450 Km deste trecho pareceram intermináveis, demorei o dia inteiro para percorrer o trecho. Andar sozinho nessas condições, além de tenso é muito desgastante.

Segui os conselhos de um frentista e mudei a programação original, que era ir pela BR até Curitibanos, pegando a SC-470 ali. Passando Lages peguei a saída sentido Florianópolis, e após a primeira rotatória peguei uma estradinha paralela a BR, com muito menos movimento, pouquissimos carros e caminhoes, e quase nenhuma curva. Esta estrada me economizou 35 Km a mais de trecho, mas mesmo assim cheguei em Blumenau por volta das 19:00hs.

Estava chovendo muito e eu resolvi jantar no hotel mesmo, pedindo um lanche no quarto. Até então tinha sido o dia mais cansativo e tenso, e eu só queria me esquentar e dormir.

sábado, 23 de junho de 2007

4° dia: Rota Romântica

Nova Petrópolis, Gramado e Canela ...

sexta-feira, 22 de junho de 2007

3° Dia: Rota dos Vinhedos

O objetivo neste dia era partir cedo de Caxias do Sul, passando pelas cidades conhecidas pela produção de vinhos e espumantes, ou seja, Farroupilha (cidade histórica), Bento Gonçalves (região dos vinhos), Garibaldi (região dos espumantes) e Carlos Barbosa (fábrica da Tramontina).



O trajeto era curto (+/- 150 Km), porém as diversas paradas para fotos e provas de vinhos me tomaram o dia inteiro.

A primeira parada foi na cidade de Farroupilha. A cidadezinha é histórica e bonita, porém sem muitos atrativos turísticos para serem visitados. Fui até o Centro da cidade, onde vi a igreja principal, e de lá segui para as próximas cidades a serem visitadas. O dia era curto e eu não podia perder muito tempo com pequenas coisas.

Segui para a segunda cidade, Bento Gonçalves, conhecida mundialmente como a região que produz os melhores vinhos do Brasil. Já na entrada da cidade pude perceber que trata-se de uma região vinícola. O Portal da cidade é uma "pipa" de vinho enorme.

Em Bento parei para conhecer a Vinícola Aurora, e fiquei sabendo que trata-se não de uma vinícola qualquer, mas sim da MAIOR Cooperativa Vinícola do Brasil, composta por 1.055 famílias de agricultores da região, a maioria imigrantes de italianos, que plantam as uvas e fornecem à cooperativa para a fabricação dos vinhos. O mais conhecido é o Sangue de Boi, mas eles também fabricam o Marcus James, Keep Cooler, diversos outros vinhos e Espumantes. o Espumante Aurora Moscatel foi considerado o melhor espumante do mundo em diversos concursos em que concorreu, vencendo inclusive dos famosos Champagnes Franceses e Espumantes Italianos e Portugueses.

Após conhecer a vinícola e todo o processo de fabricação de um vinho, acompanhando inclusive o plantio da uva através de um vídeo feito junto aos associados, pude me deliciar provando as maravilhas que a vinicola produz. Diversas doses depois, fui conhecer o resto da cidade, visitando a igreja principal, que também possui forma de "pipa" de vinho.

Na frente da igreja, umas casas lindas, que não me contive e também tirei foto. O impressionante é o padrão das casas (alto padrão), com carros relativamente simples na garagem. A Casa em questão tinha um gol bolinha 1.0.



Saí de Bento e segui pela estrada até o Vale dos Vinhedos, que fica a uns 5 Km sentido Garibaldina. Esta região é como o próprio nome diz, um vale no meio da Serra onde concentram-se a maioria das vinícolas e das plantações de Uva da região.

O lugar é lindo, a estrada que corta as plantações, sítios e vinícolas tem um asfalto impecável, e a paisagem nos faz pensar que estamos em outro país. Tive a oportunidade ainda de pegar no meio do vale o "Roteiro Rural", uma estrada de terra que liga o Vale até a cidade de Garibaldi, passando no meio dos sítios e plantações. Quando peguei essa estradinha estava na hora do ônibus escolar, então na porta de cada sítio via-se crianças na faixa dos 5 anos, todas uniformizadas, loirinhas e de olhos claros, esperando o Ônibus. Uma experiência diferente.



Depois de curtir o Vale dos Vinhedos e de almoçar (churrasco para variar), voltei para a estrada e segui até Garibaldi, conhecida também como a cidade dos Espumantes. Ali encontra-se a fábrica do Peterlongo, o primeiro espumante do Brasil, além da Chandon, entre outras.

Em Garibaldi segui primeiramente para a Igreja da cidade, depois parei no Museu, onde pude ver algumas curiosidades da época de fundação da cidade. Além das armas utilizadas pelos soldados na Revolução Farroupilha, o museu conserva um dormitório e Sala tipicamente Italianos, da época da Imigração para aquela região.

Conserva também um consultório de Dentista da época, o que me gerou calafrios, pois os instrumentos e a cadeira pareciam sala de tortura. Como curiosidade, uma placa que era colocada na porta das Igrejas da região na época, alertando as mulheres sobre os trajes para ir a uma missa. Na parte de fora, um moinho antigo e um carro de boi, utilizado para levar as uvas até a vinícola.



Após minha experiência histórica em Garibaldi, segui para a cidade de Carlos Barbosa, onde encontra-se a fábrica dos talheres Tramontina. A entrada da fábrica é um queijo enorme, com uma faca tramontina fincada no meio.

A cidade é muito bonita e acolhedora, porém sem maiores atrativos. Tomei um café na praça central da cidade, observei o movimento (era sexta feira final do expediente e as ruas principais estavam vazias), e segui rumo a Caxias do Sul novamente.


Retornei para o hotel por volta das 19:00hs, tomei um banho e seguindo a recomendação da recepcionista do hotel, fui conhecer o restaurante PAIOL, um restaurante nativo de Caxias.

Não sabia o que era "nativo" até conhecer o lugar. O local é bem rústico, cheio de coisas penduradas pelo teto e pelas paredes. Lembra muito o Empório São Joaquim em Campinas (o de J. Egydio), porém a música predominante é a Gaúcha.

Os frequentadores, a maioria de bombacha e chimarrão, ficavam ali ouvindo um conjunto (muito bom, por sinal) tocando musicas gaúchas e tropeiras. Uma curiosidade da banda é que o sanfoneiro é cego, porém toca muito. Comi uma porção de carne de charque, tomei 2 Bohemias e segui novamente para o Hotel, pois no dia seguinte teria mais trecho para rodar.


quinta-feira, 21 de junho de 2007

2° dia: Lages/SC - Caxias do Sul/RS



Acordei por volta das 08:00h ainda meio dolorido do dia anterior. Tomei café da manhã no Hotel Presidente (em homenagem a minha pessoa, rsrsrsrs) e fui dar uma voltinha a pé. Vi que na esquina tinha uma concessionária da Yamaha, e como precisava trocar o óleo da Virago deixei ela ali enquanto arrumava as malas e fechava a conta do hotel.

Espelhos são ótimos companheiros quando se viaja sozinho. Esta foto ai tirei no quarto do hotel, antes de deixá-lo para mais um dia de estrada. hehehehehe
Peguei a moto e por volta das 09:30h e segui em direção a Caxias do Sul. A viagem a princípio foi tranquila, com algumas paradas para fotos e abastecimento.




Após alguns kilômetros percorridos, tomei o primeiro susto da viagem. Em uma das retas intermináveis, uma S-10 e uma Blazer passaram por mim tirando racha. Eu estava a pelo menos 140 Km/h, e as duas passaram muito rápidas pela Moto. O primeiro carro calculou mal e voltou para a faixa antes de terminar a pickup, me jogando para o acostamento. Por pouco ele não me derruba da moto, já que meu pé e o manete da embreagem chegaram a tocar de raspão no parachoque da pickup.

Foi o suficiente para quase estragar o dia. Parei a moto no acostamento, e xinguei muito, muito mesmo aqueles dois imbecis. Lembrei de alguns momentos parecidos de estresse que eu presenciei, em que eu dizia a outra pessoa para ter calma, dar risada da situação, mas como não tinha ninguém para me aconselhar, acabei eu mesmo fazendo o duplo papel.

Resolvi seguir em frente e parar na primeira oportunidade que eu tivesse para fumar um cigarrinho e relaxar.

Bom, 5 Km a frente surgiu uma lanchonete beira de estrada, com uma vista maravilhosa de um lado. Ali foi o point zen para minha meditação relaxante (hehehe).




O pessoal da concessionária havia me dado a dica de trocar de estrada após passar por Vacaria, pegando a RS-122 que vai para Antônio Prado, pois ali teria menos dor de cabeça com os caminhões, e poderia ver os paredões de pedra e as pastagens gaúchas. Dica acatada depois do episódio com as pickups. Logo após Vacaria sai da BR-116 pegando esta estrada, uma vez que o tráfego seria menor.

Segui pela BR tranquilamente, passando pela divisa do Estado, e assim que cheguei em Vacaria troquei de estrada.





Realmente a estrada RS-122 é maravilhosa. O asfalto é bom, e por muitos momentos minha única companhia era a sombra da motoca. A estrada é praticamente deserta, pouquissimos caminhões e carros passam por ali, porém as curvas são de alta velocidade, as retas intermináveis, e ao olhar para os lados, se vê pastagens e criações de gado até o horizonte, dos dois lados da pista. Fiquei meio triste em não poder ver a BR-116 quando passa pela Serra, porém teria essa oportunidade mais tarde, na volta de Caxias do Sul para Blumenau.






Após passar por inúmeras fazendas de gado, um pouco antes da entrada para a Cidadezinha de Antônio Prado, surge a minha frente uma Churrascaria Gaúcha, bem na hora em que meu estômago começava a reclamar.

Parei ali e comi muito, com tempo inclusive para mandar torpedinhos para o Abrahão zoando com a cara dele (tchê !!!). A churrascaria, apesar de simples, era frequentada tanto pelos funcionários das fazendas, quanto pelos fazendeiros, haja visto as inúmeras pickups importadas e jipões que estavam na porta.


Lombrigas alimentadas e segui para Caxias, tranquilamente pelas curvinhas e retões que ainda faltavam. Cheguei em Caxias por volta das 16:00hs, e logo fui seguindo as placas "Centro" em busca de um hotel.


Como não achei nenhum no caminho, parei em um posto e me informei com o frentista, que me indicou o hotel MABU. Fui até ele, mas já na porta vi que não era o que eu estava procurando. A fachada era linda e só tinha carro importado na porta, mas como quem está na chuva tem que se molhar, entrei de calça de lona suja até o talo, jaqueta, colete, capacete (um verdadeiro trapo) no hotel 5 estrelas da cidade. A recepção estava cheia, e logo veio aquele silêncio caractarístico de quem viu um pato fora da lagoa.


A diária estava um pouco acima do que eu gostaria de gastar (120,00), então segui a recomendação da recepcionista e fui em busca de outros 2 hotéis recomendados por ela, um pouco mais em conta.

Um deles não tinha vaga para todos os dias que eu pretendia ficar, e acabei optando em me hospedar no Hotel Cosmos, próximo ao Centro, a posto de gasolina, farmácia, mercado, barzinhos, ou seja, próximo de tudo o que eu poderia precisar.


O Hotel é bom, frequentado por executivos que estão a trabalho na cidade. Fui a sensação do hotel, já que todos ali estavam sempre engravatados, e eu de jaqueta e calça de lona. Fechado o hotel, descarreguei a moto e subi para o quarto para tomar um banho.

Banho tomado, como ainda estava claro sai por Caxias de moto e acabei parando no Parque Festa da Uva, onde pude conhecer uma réplica da cidade de Caxias do Sul de 1855, ano de sua fundação.







Ali encontra-se a Secretaria do Turismo, onde pude pegar mapas da cidade, pontos turísticos da região, e me informar sobre onde poderia ir um pouco mais tarde, para jantar e curtir uma musiquinha.



No parque também conheci o monumento para o Cristo do 3° Milênio, um busto enorme de Cristo olhando para Caxias do Alto. Além da estátua, é possível ter uma visão panorâmica da cidade.

Retornei ao hotel, descansei um pouco, e mais tarde fui ao Havana Café em Caxias do Sul, uma mistura de Restaurante, Bar, Charutaria e Pub, com decoração tipicamente cubana. Ali pude degustar meu velho amigo "João Andador" (Johnnie Walker) e comer um sanduiche num pão especial, que mais parece uma massa de pizza quadrada. Muito bom, recomendo.

Voltei ao Hotel alimentado e cansado. Neste dia, apesar da pouca Km (250 Km), as várias paradas e o cansaço acumulado do dia anterior me deixaram pregado.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

1° Dia: São Paulo/SP - Lages/SC

Arrumei as malas no dia anterior e preparei a Viraguinho para pegar estrada. Um dia antes descobri que meu paralama estava rachando próximo aos suportes dos alforges, e por este motivo não poderia colocar os alforges laterais.


Acabei me virando levando pouquíssima roupa, principalmente de frio (apenas uma blusa de lã, uma camiseta de manga comprida e uma malha fina), além da jaqueta e do Colete do Motoclube (lógico !!!).








O trajeto planejado no 1° dia de viagem era ir até a cidade de Encruzilhada-SC, um pouco depois de Mafra e da divisa com o estado do Paraná. No final das contas, acabei optando em esticar um pouco mais a viagem e seguir até Lages, que é uma cidade maior, com melhores opções de hospedagem, restaurantes e bancos (sim, banco é um problemão).









Saí de casa bem cedo (5:30h) pois queria chegar na "boca" da Régis Bittencourt as 6:00h. Imaginava que quanto mais cedo pegasse a estrada, menos caminhão eu encontraria pela frente.

Logo em Embú, depois do Rodoanel, fui obrigado a parar a moto para o primeiro cafézinho. O frio estava forte, e eu estava com sono ainda. Foi quando baixou um nevoeiro na estrada, fazendo com que eu esperasse um pouco mais do que o planejado, já que a visibilidade estava péssima e até mesmo os caminhões estavam encostando no posto.


Por volta das 07:00h segui viagem, ainda com neblina e frio. A neblina era tão forte que meus dois retrovisores embaçaram em 10 minutos de estrada, porém liguei os milhas e fui em frente, com velocidade reduzida.


A Régis não estava movimentada, e a viagem segui tranquila. Alguns caminhões pelo caminho, mas como a faixa é duplicada até a Serra, não tive nenhum susto. O único problema é que a estrada possui alguns buracos, o asfalto é bastante irregular e não dá para manter a moto em uma única faixa. por várias vezes me vi "ziguezagueando" a pista para fugir dos buracos e "costelas de vaca".


Na serra a neblina deu uma trégua, porém os caminhões ficam bem lentos. Como a faixa é única (uma vai e uma volta), e o cngestionamento de caminhões é bem grande, resolvi relaxar. Não fiz ultrapassagens na serra, fui a 20, 30km/h durante grande parte do percurso, e vi diversos carros, impacientes com a lentidão, fazerem merda.


Passado a Serra (+/- 20 a 30 Km), A pista voltou a ficar duplicada e pude retomar o tempo perdido. A Viraguinho manteve média de 120 a 130 Km/h, mas os retões intermináveis da Régis fizeram ela gritar um pouquinho em algumas partes.


Cheguei em Curitiba entre 12:00h e 13:00h, depois de algumas paradas para abastecimento e descanso. Saí de São Paulo com R$ 50,00, e tinha planejado usar cartão para abastecimento. Alguns dos postos de gasolina não aceitam nenhum tipo de cartão ou cheque, e o din din acabou sendo usado para isso.




Como sabia que ainda estava na metade do caminho, não entrei na cidade (fica para uma próxima), e segui viagem. Me perdi um pouco para pegar a saída para a BR-116, e acabei rodando 10Km na estrada errada. Feito o retorno, peguei novamente a BR e segui sentido Santa Catarina. Neste ponto, a estrada possui retas intermináveis (mais de 1 Km de retas em vários pontos), e possui pista única (uma vai, uma volta).


Os caminhões, que eu acreditava que fossem um problema, até que respeitam bem as motos, desde que você ande mais rápido que eles. A viagem foi tranquila, sem muitas paradas (apenas para abastecimento) e sem "quase" nenhum susto.


Voltando ao problema do "BANCO", as cidades de Sta. Catarina (a maioria cidades pequenas) só possuem agência do B.Brasil e do BESC. Achei que Redeshop e Visa seriam suficientes, porém com dinheiro acabando não consegui achar nenhum banco Itaú, ou interligado a rede 24 horas.

Após o último abastecimento, sobrou míseros 2,00 na carteira, o que me rendeu a primeira dorzinha de cabeça da viagem.


Em determinado ponto da estrada, haviam 4 caminhões enormes seguidos na reta. Vi que dava para ultrapassá-los, e acelerei a magrela. Ao passar o 4°, vi que logo a frente tinha o 5°. Como estava chegando a curva, resolvi arriscar. Logo após ultrapassá-lo, uma viatura da Policia Rodoviária Federal estava me esperando, escondida atrás de uma árvore. Não deu outra, fui parado pois a última ultrapassagem não era permitida.


Após muita conversa, abri meus sentimentos ao guarda (carteira), e o que eu tinha (2,00) não foi suficiente para que ele comprasse uma cervejinha e esquecesse dos seus problemas. Tomei uma multinha para lembrar que o resto da viagem deveria ser tanquila. rsrsrsrs


Ainda conversei com o Policial, que muito simpático me recomendou ir para Lages ao invés de Encruzilhada. A cidade era maior, e lá eu encontraria agências bancárias, além de melhor opção de hospedagem e restaurantes para jantar.


Segui viagem, e parando em um posto em Santa Cecília para calibrar os pneus e fumar um cigarrinho, conversei com o frentista que me recomendou conhecer o Serraria em Lages, um barzinho típico que era muito frequentado.


Cheguei em Lages por volta das 18:30h. No sul anoitece mais cedo, e já estava escuro a este horário. No primeiro semáforo da cidade, fui abordado por um motociclista em uma Shadow, que ao ver o colete do motoclube perguntou de onde eu era, etc etc etc. Paramos em um posto ali perto para conversar e ele me indicou um hotel para pernoitar. Como eu estava totalmente perdido, além de me levar no hotel, ao ver que não tinham vaga, me levou até outro, onde me hospedei. Disse ainda que tentaria ir ao Serraria mais tarde para tomar uma. O brasão do motoclube faz uma verdadeira diferença nessas horas.


Lá pelas 20:00h, após tomar uma ducha e descançar um pouco, fui conhecer o Serraria (http://www.serrariabar.com.br/). Cheguei um pouco cedo, praticamente abri a casa, porém como estava com fome não estava muito preocupado com o movimento. Queria mesmo era comer, hehehehehe


O lugar é muito bonito. É uma antiga serraria que foi transformada em Bar pelos proprietários, e conta ainda com uma pista de dança que abre as sextas e sábados. Não deixa nada a desejar para as baladas de Sampa, a não ser pelo preço, que é muito mais em conta.









Como era o único cliente da casa, acabei me enturmando com os garçons, e em seguida com o propritário, que muito simpático ao ver minha placa de São Paulo veio confessar sua paixão por motos. Ficamos ali batendo papo um tempão, tomando umas, enquanto eu contava a ele sobre a viagem e ele sobre a inveja (positiva) que ele estava de mim. Devido aos filhos pequenos ele não poderia se aventurar em algo parecido, mas morre de vontade. Ficamos ali naquele papo até que a casa começou a ficar um pouco mais movimentada e ele foi dar atenção a outros clientes.


Estava tendo jogo do Grêmio contra o Boca Júniors, porém como a maioria da cidade torce para o Inter, todos estavam em suas casas torcendo contra o Grêmio. Tanto é verdade que após a derrota do Grêmio ouvia-se rojões por toda a cidade.


Estava exausto após pouco mais de 770 Km rodados em um único dia. Comi uma porção de Picanha fatiada na chapa, tomei dois uísques e fui para o hotel dormir, pois o dia seguinte a aventura iria continuar.

Serra Gaúcha (20 a 25)

Pessoal,

Como todos sabem, resolvi me dar alguns dias de férias e saí de moto sozinho rumo a Serra Gaúcha, a fim de descansar e colocar a cabeça no lugar. Estava bem recioso no início, pois além de ser a viagem mais longa que fiz de moto, não pude contar com a companhia de nenhum integrante do grupo, ou seja, estaria literalmente sozinho nesta aventura.

A seguir colocarei o relato da viagem, com as fotos (a maioria de paisagem) que tirei nas cidades visitadas.

Em resumo, a viagem total (ida e volta) deu as seguintes estatísticas:

Km Inicial (casa): 39.300
Km Final (casa): 41.778
Km Total: 2.478 Km

Manutenção na viagem: R$ 45,00 (troca de óleo)

Hospedagem: R$ 75,00 - Lages-SC
R$ 80,00 - Caxias do Sul - RS (diária - fiquei 3 dias)
R$ 55,00 - Blumenau - SC

Alimentação: R$ ??? - prefiro não fazer as contas, hehehehehe ....

A viagem foi tranquila. Colocarei o relato dos trechos, dia a dia, com as fotos. Vale a pena o Grupo fazer a viagem antes de irmos ao Chile. A experiência que adquiri nesta viagem, os apuros que passei, o cansaço, e a sensação de estar totalmente sozinho, muitas vezes sem passar nenhum carro por horas, me fez repensar em muitas coisas, principalmente em como é bom andar com pelo menos mais uma pessoa.

Abraços a todos e curtam os relatos.

Marcello Navega

domingo, 17 de junho de 2007

Vejam um homem preocupado !!!!!!!!!!!!!




Estas fotos foram tiradas no dia 07/06 na casa de nosso Presidente (Navega), enquanto o Sr. Benevides esperava o Sammi que não voltava com sua CB .

sábado, 9 de junho de 2007

2º Aniversario "Pequenas Notáveis Moto Clube"

Em uma reunião feita no dia 07/06 na casa de nosso Presidente (Navega), ficou definido que faremos nossa festa de aniversario no sítio do Naylton em Piracicaba no sábado dia 04/08/2007 (mudamos a data pois no proximo fds será o Dia dos Pais) e que aqueles que quiserem dormir por lá, podem dormir pra podermos continuarmos com o churras no domingo .

Ficou definido que a festa será somente p/ os integrantes do PNMC e seus familiares .

Qto ao $$$$$$$$ !

Definimos que R$ 100,00 por integrante é um valor bacana e que se sobrar algum $$$ será revertido ao PNMC em gueri-gueris (botons, bonés e etc) .

Vamos pagar isso da seguinte maneira : R$ 50,00 ainda este mês e mais R$ 50,00 no mes de Julho que deverão ser depositados em uma conta de poupança que será aberta no Banco Real , por mim (Abrahão) e que posteriormente passarei o nº da conta a todos .

Somos em 12 integrantes, portanto R$ 1200,00

Navega
Abrahão
Eduardo
Rcardim
Odair
Renato
Benevides
Sammi
André Papa
Daniel (sampa)
Daniel (cps)

Temos tb o nosso PP, Bill que tb poderá se fazer presente em nossa festa o que aumenta nossa arrecadação p/ R$ 1300,00 .

Gostaria de lembrar o evento irá rolar da forma que foi decidido na reunião e que nós 12 mais o Bill iremos arcar com as despesas da festa .

Tb gostaria de salientar que o Naylton está nos cedendo o local e que vamos encontrar o local limpo e devemos deixa-lo da mesma maneira que encontramos ( se bem que somos todos civilizados o suficiente p/sabermos disto) .

É isto aí galera !!!!!!!!!!!!!!!!!

Vamos juntar a grana, esperar o mes de agosto e curtir nossa festa !!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Pequenas Notáveis Moto Clube



Diretoria do PNMC

Marcello Navega
Presidente e Fundador
São Paulo - Capital
Moto: Virago 535cc


Eduardo Ruscalleda
Fundador
Campinas - SP
Moto: Twister 250cc


Gustavo Abrahão
RP e Fundador
Campinas - SP
Moto: Fazer 250cc


Ricardo Longhi
Fundador
Campinas - SP
Moto: Yes 125cc



Integrantes do PNMC


Benevides
Membro
São Paulo - Capital
Moto: CB 400cc
Moto: Yes 125cc




Renato Vizioli
Membro
Santos - SP
Moto: Yes 125cc





Odair Júnior
Membro
Jundiaí - SP
Moto: Twister 250cc





Roberto Sammi
Membro
São Paulo - Capital
Moto: Buell
Moto: Twister 250cc


André Papa
Membro
São Paulo - Capital
Moto: Strada 200cc






Cristiane Pais
Primeira Dama
São Paulo - SP






Naylton
Membro
Guarulhos - SP
Moto: Virago 250cc





Daniel
Membro
S. B. Campo - SP
Moto: Virago 250cc




Prospects

Daniel
Prospect
Campinas - SP
Moto: Titan 150cc





Egont Bill
Prospect
Campinas - SP
Moto: Yes 125cc