sábado, 17 de novembro de 2007

Porto Belo - SC

Nos dias 17 e 18 de novembro o PNMC partiu rumo a mais uma aventura. O destino era o evento MotoVerão 2007, que aconteceria em Porto Belo - SC. Na sexta-feira o Abrahão e o Rusca saíram de Campinas rumo a minha casa em São Paulo, onde tentaríamos dormir para encontrar na madrugada o Daniel e Naylton no bat-posto para iniciar a aventura.

Bom, "tentaríamos" ... Após uma pizza, várias cervejas e muita conversa jogada fora, por volta da 1:30h fomos dormir. As 3h já es´távamos de pé, arrumando os últimos preparativos para iniciar a viagem. Marcamos de nos encontrar as 4h no baty-posto. A idéia era sair cedo para chegar ainda de dia em Porto Belo (700 Km de Sampa).

Saímos do Posto por volta das 5h. Descemos a imigrantes até a Pe. Manoel da Nóbrega, e de lá seguimos até Peruíbe (nossa primeira parada). O primeiro trecho de estrada foi ótimo. Nenhum buraco, e a estrada vazia parecia ser só do PNMC. Todos seguiram juntos, mantendo uma média de 120 Km/h. Chegamos em Peruíbe por volta das 6:15h. Ali surgiu o primeiro obstáculo não previsto. As padarias só abrem as 7h, e ficamos rodando na cidade até encontrar um buteco aberto no centro, onde pudemos comer e tomar café.


De Peruíbe seguimos até a Pe. Manoel da Nóbrega encontrar a Régis Bittencourt, onde seguiríamos até Curitiba. Este trecho da estrada passa pelo meio da Juréia, e pegamos muita neblina. O que estava bom até o momento começou a ficar um pouco tenso. No meio da estrada, me dei conta de que o Rusca e o Abrahão não nos acompanhavam. Ficamos ali um tempão parados, e só demos conta que o Rusca não tinha pago o boteco e voltou para pagar depois de uns 10 min. Grupo reunido novamente, tocamos em frente.

Seguimos pela Régis "buraqueira" em uma velocidade mais lenta. Os buracos não deixavam a gente andar mais rápido. Em muitos momentos me vi andando pelo acostamento, que por incriível que pareça era onde tinha menos buracos, ou pelo canteiro central da pista.

A quantidade de buracos, e a loucura dos caminhoneiros que mudavam de faixa em cima e sem avisar deixaram o pessoal um pouco tenso. Não percebemos na hora, mas a tensão da viagem e o cansaço dada a distância e o sol forte na cabeça o dia inteiro fizeram com que os humores ficassem meio alterados no final do dia.




A viagem foi inesquecível, repleta de paradas (uma a cada 100Km) para descansar a bunda e demarcar a estrada com os adesivos do motoclube. Assim como outros aventureiros, era a nossa vez de deixar a marca.





Abaixo as motos carregadas em uma das paradas. Pipi-stop na beira da estrada em um buteco de caminhoneiros.



Naylton colocando o símbolo do Pequenas em meio a um monte de adesivos de Motoclubes que por ali passaram.




Rusca achando que já chegou na praia. Deste ponto até Porto Belo ainda tinham uns 400 Km de estrada. Em curitiba ele repetiu a proeza, seguido pelos outros integrantes do grupo, na porta da churrascaria onde almoçamos. Este episódio ficou marcado, dado o estresse do garçon ao bater no vidro da churrascaria e gritar "Vocês acham que estão na praia ?!!!". Hehehehe, quase que ele tomou umas bordoadas. hehehehe



Na divisa com Santa Catarina, outra parada para fotos. Neste ponto surgiu o primeiro indicio de estresse. Já estávamos cansados depois de rodar mais de 12 horas de moto. O ponto estava perigoso pois os caminhões passavam rentes as motos que estavam no acostamento.

O Rusca havia debandado aproveitando as curvas intrigantes da serrinha do Paraná. Saímos logo deste ponto e paramos em seguida, a uns 50 mts. O Abrahão ficou para trás colocando o capacete e não nos viu encostar. Resumo, seguiu viagem sozinho e puto da vida, por pelo menos uns 30 Km. Encontramos ele em um posto após a entrada de Joinville, meio que por um acaso. Quando completamos 100Km da última parada entramos em um posto e não encontramos o Abrahão. Resolvemos seguir até a minha moto pedir reserva, e assim fizemos. Quando pediu a reserva, paramos no primeiro posto para abastecer e lá estava o gordinho, todo emburrado pq foi abandonado na estrada.







Após um dia inteiro na estrada, enfim chegamos. O mar do sul é inesquecível. Sou suspeito, pois sou apaixonado por aquele lugar. Já fui pelo menos umas 4 vezes de carro, e mais uma vez de moto, quando fui sozinho para as Serras Gaúchas em junho deste ano.

O Evento em Porto Belo estava uma bosta, e resolvemos ir a praia da Sepultura, onde o Naylton havia sugerido mergulharmos no entardecer. Assimo fizemos, o que geraria o estresse maior da viagem. Mas antes, vamos ao mar ... Eita marzão ... Saudades ... kkkk




Eu e o Naylton com máscara, snorkel e pé-de-pato tentando ver se achava algum peixinho. Infelizmente a visibilidade naquele dia estava péssima. Não conseguiamos ver além de 20 cm. Pelo menos a água estava boa, e até o Rusca se aventurou a entrar naquele mar gelado para esfriar a cabeça e deixar o cansaço ir embora.




Na praia da sepultura não haviamos nos dado conta que nossos amigos Daniel e Abrahão estavam meio enfezados (com fezes por fazer). Como ali não tinha banheiro, seguimos de volta para Porto Belo, a fim de encontrar uma pousada.

A quantidade de "motoqueiros" no evento era tão grande que estava na cara que sairia merda em algum momento. Acabamos nos separando em algum ponto da cidade, e eu e o Naylton seguimosem busca de uma pousada próxima ao evento, enquanto o Rusca, Abrahão e Daniel seguiram para o outro lado. Em determinado momento, nos falamos e começou o estresse. O cansaço intenso e os ânimos alterados fez com que uma simples discussão sobre preço e localização da pousada quase se transformasse em um desentendimento. Acabamos optando em ficar na pousada onde eu e o Naylton haviamos fechado. Não era a mais barata, porém era um pouco mais perto do evento, onde não teriamos a necessidade de andar com as motos a noite (o que foi ótimo, dado a quantidade de acidentes e atropelamentos que o pessoal presenciou).

O evento estava horrivel, muita molecada andando de moto e empinando no meio da multidão. Realmente muito ruim e desorganizado. Voltamos para a pousada depois de jantar na cidade, dormimos e nos preparamos para a volta.

Dia seguinte, acordamos as 8h30, arrumamos as coisas e fomos desfrutar de um café maravilhoso que nos aguardava no saguão da pousada. Dali fechamos a conta e seguimos viagem rumo a SãoPaulo. A volta foi mais cansativa, porém viemos em um ritimo mais lento. A moto do Abrahão não estava desenvolvendo bem na estrada, e não passava de 90 Km/h. Em alguns momentos eu e o Naylton nos afastamos do grupo a fim de curtir o motorzão das customs, afinal, nada como uma 535 e uma 750 naquela BR-101 tapetão.

Chegando na serra do Paraná, sinalizei para o Abrahão que eu iria dar uma esticada e ele deu Ok. Abri do grupo e segui naquelas curvas infinitas emvelocidade superior, 120, 130 ... Olho no retrovisor depois de um tempo e vejo meu priminho Rusca na minha cola. Outro que adora curvas. Seguimos juntos até o final da serra, onde fumamos um cigarrinho e aguardamos o restante do grupo.

Antes, uma parada no Shopping Bavaria para fotos ...
















Paramos para almoçar um pouco depois de Curitiba. Ali aconteceu o primeiro problema com a minha moto. Ao sairmos do restaurante, o sensor do pedal começou a dar problemas de mau contato e a moto morria quando engatava alguma marcha.

O Rusca gato féliz sacou um WD-40 de sua maleta mágica e a moto voltou a funcionar. Segui na frente do grupo, e alguns km depois a moto começou a falhar em movimento. Estiquei a marcha e segui até o próximo posto, uns 30Km depois. Como sai na frente, acabei não pegando um inicio de chuva. O grupo parou para por as capas e eu fiquei no posto uns 15 minutos até que eles me encontrassem.

No posto tentamos de tudo. Mais óleo, cortamos os fios do sensor, fechamos o contato (unimos um fio no outro) e nada. Após muita insistência, resolvi chamar o guincho do seguro. Continuamos tentando resolver até a chegada do guincho. Nessa brincadeira perdemos 1h30.
Após a chegada do guincho, o grupo seguiu viagem e eu voltei de guincho pelos 363 Km restantes. Peguei um trânsito enorme na Régis um pouco depois da entrada para Peruibe (por onde o grupo seguiu) e perdi muito tempo ali.
Chegando em São Paulo, ao atravessar a Av. dos Bandeirantes por volta das 22:30, qual não foi a minha surpresa ao olhar para o Bat Posto e ver o Abrahão, o Rusca e o Naylton do outro lado da Avenida, encostando as motos para a última parada e abastecimento.
No total foram pouco mais de 1.400 Km para o pessoal de Sampa, e quase 1.700 Km para o pessoal de Campinas. Esta distância em um único final de semana não é para qualquer um.
Agora que venham outras !!!




6 comentários:

Daniel disse...

muito show essa viagem e ficou bem relatado tbm abraços

ZÉ AUGUSTO disse...

Galera, parabéns pelo blog, pelas viagens e pelo companheirismo. O slogan do MC diz tudo: Emoção não tem cilindrada!Se um dia vierem para Sorocaba, nos contatem para que possamos nos conhecer e mostrar as belezas da região!
Se puderem, visitem o nosso blog:

www.mg-sideways.blogspot.com

Forte abraço dos irmãos Sideways aos irmãos do PNMC!

René disse...

Navega, a viagem está muito bem relatada, muito bem escrita, mas esse post só não ganhou nota 10 porque faltou um detalhe. Faltou contar qual foi o raio do problema que aconteceu na sua moto e qual a solução! Parabéns pelo blog!

Unknown disse...

olá....achei o maximo o grupo de vcs...tem espaço pra minha risoleta(bizz) aí? Gostaria de receber ou comprar um adesivo de vcs...entrei la no comunidade do orkut
abraços
Aranha - MG

Anônimo disse...

pdfmarzano parrott jetro fora charge core traditional tribunal kandivli foreseeable physicsa
semelokertes marchimundui

Bleno Augusto disse...

Hey pessoal. Sumiram???

Estão rodando tanto que não tem tempo mais para nos deliciar com esses belos relatos??